O
Caminho da Beleza 10
Leituras
para a travessia da vida
“O conceito de sabedoria é aquele
que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do
belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que
cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).
“Quando recebia tuas palavras, eu as
devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).
“Não deixe cair a profecia”
(D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).
III
Domingo do Tempo Comum 25.01.2015
Jn 3,
1- 5.10 1 Cor 7, 29-31 Mc
1, 14-20
ESCUTAR
Vendo
Deus suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho,
compadeceu-se e suspendeu o mal que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez (Jn
3, 10).
Pois a
figura deste mundo passa (1 Cor 7, 31).
“O
tempo já se completou e o reino de Deus está próximo” (Mc 1, 15).
MEDITAÇÃO
Amar
significa entregar-se sem garantia, dar-se completamente na esperança de que
nosso amor produzirá amor na pessoa amada. Amar é um ato de fé, e quem tiver
mesquinha fé terá também mesquinho amor (Erich From).
Jesus
não age movido por bons sentimentos. Não tenta agradar ou passar uma boa imagem
de si mesmo. Jesus vai ao essencial: ele compreende o que está em jogo além das
aparências, buscando a verdade do ser para solicitar um autêntico encontro com
ele. O que ele visa é a realidade do homem (Daniel Duigou).
ORAR
O Senhor sempre nos apresenta o momento de decisão
para uma conversão radical de nossas vidas. Tudo depende de nós e não podemos
continuar como se nada tivesse acontecido. E o que acontece não deve ser
confundido com o glamoroso, o chamativo e o espetacular. O tempo de Deus se
inseriu no tempo dos homens não para absorvê-lo, mas para dilatá-lo. O tempo de
Deus sempre oferece ao tempo do homem uma possibilidade e uma dimensão diversa.
Somos chamados a participar com um desprendimento interior para não conferir um
valor absoluto às coisas que passam. Devemos estar prontos a responder à
inexorável caducidade do tempo com a liberdade de, alimentados pela esperança,
viver além dos horizontes. O “mais além” não significa evasão, mas a superação
cotidiana, pois o Reino de Deus entrou neste mundo para transformá-lo em “outro
mundo”. Devemos estar seguros e testemunhar que o Senhor está próximo de nós
com o seu desígnio de amor e que a nossa resposta de fé e vida reafirma a sua
promessa e, por esta razão, “esperamos um novo céu e uma nova terra onde
habitará a justiça” (2 Pd 3, 13).
CONTEMPLAR
A Conversão de Saulo,
1800, William Blake (1757-1827), lápis, caneta, nanquim e aquarela sobre papel,
42,3 cm x 37,1 cm, Henry E. Huntington Library and Art Gallery, San Marino, Califórnia,
Estados Unidos.
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