segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Caminho da Beleza 10 - III Domingo do Tempo Comum

O Caminho da Beleza 10
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).



III Domingo do Tempo Comum                               25.01.2015
Jn 3, 1- 5.10                       1 Cor 7, 29-31                    Mc 1, 14-20


ESCUTAR

Vendo Deus suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho, compadeceu-se e suspendeu o mal que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez (Jn 3, 10).

Pois a figura deste mundo passa (1 Cor 7, 31).

“O tempo já se completou e o reino de Deus está próximo” (Mc 1, 15).


MEDITAÇÃO

Amar significa entregar-se sem garantia, dar-se completamente na esperança de que nosso amor produzirá amor na pessoa amada. Amar é um ato de fé, e quem tiver mesquinha fé terá também mesquinho amor (Erich From).

Jesus não age movido por bons sentimentos. Não tenta agradar ou passar uma boa imagem de si mesmo. Jesus vai ao essencial: ele compreende o que está em jogo além das aparências, buscando a verdade do ser para solicitar um autêntico encontro com ele. O que ele visa é a realidade do homem (Daniel Duigou).


 ORAR

O Senhor sempre nos apresenta o momento de decisão para uma conversão radical de nossas vidas. Tudo depende de nós e não podemos continuar como se nada tivesse acontecido. E o que acontece não deve ser confundido com o glamoroso, o chamativo e o espetacular. O tempo de Deus se inseriu no tempo dos homens não para absorvê-lo, mas para dilatá-lo. O tempo de Deus sempre oferece ao tempo do homem uma possibilidade e uma dimensão diversa. Somos chamados a participar com um desprendimento interior para não conferir um valor absoluto às coisas que passam. Devemos estar prontos a responder à inexorável caducidade do tempo com a liberdade de, alimentados pela esperança, viver além dos horizontes. O “mais além” não significa evasão, mas a superação cotidiana, pois o Reino de Deus entrou neste mundo para transformá-lo em “outro mundo”. Devemos estar seguros e testemunhar que o Senhor está próximo de nós com o seu desígnio de amor e que a nossa resposta de fé e vida reafirma a sua promessa e, por esta razão, “esperamos um novo céu e uma nova terra onde habitará a justiça” (2 Pd 3, 13).


CONTEMPLAR


A Conversão de Saulo, 1800, William Blake (1757-1827), lápis, caneta, nanquim e aquarela sobre papel, 42,3 cm x 37,1 cm, Henry E. Huntington Library and Art Gallery, San Marino, Califórnia, Estados Unidos.




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