segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Caminho da Beleza 52 - XXXIII Domingo do Tempo Comum








O Caminho da Beleza 52
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


XXXIII Domingo do Tempo Comum                     17.11.2013
Ml 3, 19-20             2 Ts 3, 7-12             Lc 21, 5-19


ESCUTAR

“Para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas” (Ml 3, 20a )

“Quem não quer trabalhar, também não deve comer” (2 Ts 3, 10).

“Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente” (Lc 21, 8).


MEDITAR

“Crescemos na escola de Caifás, um professor que nos obrigou a copiar milhões de vezes no caderno de nossa existência que poder, riqueza e prestígio são os pilares de um mundo feliz. Frente a esta aprendizagem gravada a fogo na alma de nossa cultura, o caminho até a felicidade distópica do Reino – serviço, pobreza e humildade – exige uma conversão social e pessoal nada fácil e nem evidente” (José Laguna).

“Há que dizer a verdade, toda a verdade, nada mais que a verdade. Dizer cruamente a verdade crua, preocupadamente a verdade que causa dano, tristemente a verdade triste. Quem não proclama a verdade quando a conhece se torna cúmplice dos mentirosos e dos covardes” (Charles Pèguy).


ORAR


Teremos sempre que enfrentar a hora decisiva e a lucidez exige afrontar a soberba e a injustiça que tem raiz e ramos dentro de nós. Temos que atiçar o fogo ardente para queimar como palha tudo o que dentro de nós faz parte de um mundo decrépito e inaceitável aos olhos de Deus. Devemos aniquilar a astúcia humana que cultiva a ilusão de que pode possuir o segredo do momento e, por esta razão, tentamos o Senhor: “Mestre, quando vai ser isto? E qual será o sinal que tudo isto está para suceder?”. São sempre as mesmas e tediosas perguntas repetidas até a náusea – “quando?” e “como?” – para que possamos aniquilar o risco de sermos surpreendidos. Jesus nos apela à perseverança, pois “é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”, pois os dias dos homens, os dias do antes também são dias do Senhor, dias em que se desenvolve o juízo. O único tempo certo é o tempo da conversão. A existência do cristão encontra o seu ponto de equilíbrio no concreto do compromisso cotidiano sério e sereno, evitando os extremos opostos do fanatismo e da inércia. Paulo fez-se construtor de tendas para sobreviver do próprio trabalho e não onerar a comunidade eclesial e Jesus afirma que do templo não “ficará pedra sobre pedra”: “O Senhor repudiou o seu altar, desfez o seu santuário, afundou na terra as portas, quebrou os ferrolhos, estendeu o prumo e não retirou a mão que derrubava” (Lm 2, 5-9). No lugar do Templo, Deus oferece uma tenda que, em sua provisoriedade, é necessária como resguardo e lugar de encontro dos nômades. E ainda assim continuam a perguntar: “O fim do mundo é para amanhã?”. Jesus dá a resposta: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui, está ali, pois o Reino de Deus está no meio de nós’” (Lc 17, 20-21). E podemos responder tranquilamente: “Não, o fim anunciado é hoje” e por mais que na arrogância queiramos materializar os símbolos de proteção e poder em fortalezas, templos, palácios e igrejas de pedra, Aquele que nasceu numa manjedoura, que morreu suspenso numa cruz e saiu vivo e nu de um túmulo despojado, garante, para todo o sempre, que somos o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós (cf. 1 Cor 3, 16).


CONTEMPLAR

Oscar Romero de El Salvador, ícone, anônimo.

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