segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Caminho da Beleza 49 - XXX Domingo do Tempo Comum


O Caminho da Beleza 49
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


XXX Domingo do Tempo Comum              27.10.2013
Eclo 35, 15b-17.20-22                2 Tm 4, 6-8.16-18                        Lc 18, 9-14


ESCUTAR

“O Senhor é um juiz que não faz acepção de pessoas. Ele não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, a súplica do injustiçado. Jamais despreza a súplica do órfão nem da viúva, quando esta lhe fala com seus gemidos” (Eclo 35, 15b-16).

“Quanto a mim, já estou sendo oferecido em libação, pois chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (2 Tm 4, 6-7).

“Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lc 18, 14).


MEDITAR

“Deveria ter feito mais concessões e remado menos contra a maré? A resposta a que eu mesmo ia me dar e a que queria ouvir me chega lá de dentro da noite num inesperado canto de galo que me diz: Não! Não! Não!” (Joel Silveira).

“A grandeza não consiste em se colocar acima e exigir, a grandeza não consiste em comandar, a grandeza, por ser grandeza, consiste em se dar e é maior quem se dá mais!” (Maurice Zundel).


ORAR

O Senhor é o juiz imparcial, mas não é impassível; é imparcial, mas não acima das partes. Ele está decididamente ao lado do pobre, do oprimido e do indefeso. O Eclesiástico nos revela que somente “os gritos do humilde atravessam as nuvens” e chegam ao seu destino. A oração do fariseu não atravessa as nuvens e não atinge nem o teto do templo, pois está carregada com o peso da vaidade e da auto-glorificação. Não expressa uma ação de graças, mas a satisfação de si mesmo. O fariseu não ora, mas se olha, se contempla e reza para si mesmo. Toda justiça do fariseu está construída com os próprios recursos. A atitude do publicano revela que o contrário do pecado não é a virtude, mas a fé. Uma fé que abre nossos olhos sobre o nada que somos e sobre o tudo que é Deus; sobre as nossas limitações e a misericórdia infinita do Senhor. O Senhor não contabiliza os nossos méritos, mas dá infinitamente o seu perdão e sua misericórdia a quem reconhece que tem necessidade dela. O fariseu reza, submetido à antiga lei, com as normas rígidas e as práticas legalistas que devem ser observadas e, ao menos na aparência, cumpridas. Jesus exige que ultrapassemos estes limites para que, amando com gratuidade, possamos oferecer a oração que jorra do nosso coração. Devemos ser humildes diante do Senhor, pois a sua Palavra é crítica da existência humana porque ela mesma se fez carne. Os humildes saberão a fonte da luz que os habita porque Deus a revelou aos pequeninos e se converterão, para sempre, em homens e mulheres redimidos na sua dignidade que nada mais é do que uma liberdade em travessia: a dos bem-aventurados!


CONTEMPLAR

São Francisco em êxtase, Michelangelo Merisi da Caravaggio, ca. 1594-95, óleo sobre tela, 92.5 × 127.8 cm, The Ella Gallup Sumner and Mary Catlin Sumner Collection Fund, Wadsworth Atheneum Museum of Art, Hartford, Connecticut, Estados Unidos.

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