segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Caminho da Beleza 44 - XXV Domingo do Tempo Comum


O Caminho da Beleza 44
Leituras para a travessia da vida


A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


XXV Domingo do Tempo Comum               22.09.2013
Am 8, 4-7                1 Tm 2, 1-8              Lc 16, 1-13


ESCUTAR

“Nunca mais esquecerei o que eles fizeram” (Am 8, 7).

“Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (1 Tm 2, 8).

“Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13).


MEDITAR

“A nossa vocação de comunidade levou-nos a viver exclusivamente do nosso próprio trabalho, não aceitando nem doações, nem heranças, nem presentes, absolutamente nada. A audácia de não garantir nenhum capital, sem temer a possível pobreza, dá uma força incalculável” (As fontes de Taizé).

"Sonhei que o papa enlouquecia. E ele mesmo ateava fogo ao Vaticano e à Basílica de São Pedro. Loucura sagrada, porque Deus atiçava o fogo que os bombeiros, em vão, tentavam extinguir. O papa, louco, saía pelas ruas de Roma, dizendo adeus aos embaixadores, credenciados junto a ele; e espalhando pelos pobres o dinheiro todo do Banco do Vaticano. Que vergonha para os cristãos! Para que um papa viva o Evangelho, temos que imaginá-lo em plena loucura” (Dom Hélder Câmara).


ORAR

A lição de hoje é de uma visibilidade inconfundível: não se pode misturar religião e injustiça; culto e fraude; glória de Deus e aviltamento do homem; louvor ao Pai e exploração do fraco. Deus esquece as nossas práticas religiosas ainda que as conciliemos com uma conduta desonesta, mas jamais esquece as práticas de trapaça enganosas: “Dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias”. Os que governam e não conduzem o povo a uma vida digna são maus administradores e “filhos das trevas”. São os que idolatram o dinheiro e acumulam riquezas injustas porque não partilhadas. Os “filhos da luz” devem testemunhar um mundo totalmente diferente, um mundo em que os valores sejam os da acolhida, os da amizade e os da partilha. O gerente fraudulento acaba agindo de uma maneira sensata e toma uma decisão imediata: fazer amigos como um investimento para o futuro, pois considerou as relações humanas mais importantes do que o dinheiro injusto acumulado pelo patrão. Só devemos servir a Deus e devemos servi-Lo com mais astúcia, audácia, espírito inventivo, sendo generosos com os bens que nos foram confiados e não mais avarentos. Tudo nos foi dado por Deus para todos. O Senhor sente repugnância pelo avarento, mas ama receber das pessoas generosas que servem a Deus ao servir os seus irmãos. Meditemos as palavras de São Basílio: “Não és acaso um ladrão, tu que te apossas das riquezas cuja gestão recebestes? Ao faminto pertence o pão que guardas; ao homem nu, o manto que mantém guardado; ao descalço, os sapatos que estão estragando em tua casa; ao necessitado, o dinheiro que escondestes. Cometes assim tantas injustiças quantos são aqueles a quem poderias dar”. Nossas igrejas e comunidades estão sempre em julgamento, pois dizer e não fazer é uma impostura e com ela continuaremos a “diminuir medidas, aumentar pesos, adulterar balanças, maltratar os humildes e causar a prostração dos pobres da terra”. O Papa Paulo VI advertia: “Um cristão não pode sentir-se tranquilo enquanto houver um homem que sofre; que é tratado injustamente; que não tem o necessário para viver”.

CONTEMPLAR

O administrador astuto, Turone di Maxio, fim do século XIV, Arquivo Capitular, corale MLX, f. 24v., Verona, Itália.

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