A Palavra se fez carne e armou sua tenda entre nós (Jo 1, 14).
XXV Domingo do Tempo Comum
Sb 2.12.17-20 Tg 3, 16-4.3 Mc 9, 30-37
ESCUTAR
“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir” (Sb 2, 12).
“Caríssimos, onde há inveja e rivalidade aí estão as desordens e toda espécie de obras más” (Tg 3, 16).
“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (Mc 9, 35).
MEDITAR
Meu Senhor e meu Deus, tira-me tudo que me distancia de ti. Meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo que me aproxima de ti. Meu Senhor e meu Deus, separa-me de mim e entrega-me completo para ti.
(Nicolau de Flüe)
Aquele que tem um amigo verdadeiro não precisa de um espelho.
(Provérbio indiano)
ORAR
No nosso cotidiano enfrentamos três desafios: a cobiça, a inveja e a rivalidade. A atitude denunciada pelo livro da Sabedoria é extremamente atual no cinismo civil e religioso em que vivemos: “Armemos ciladas ao justo, pois sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da Lei e nos difama por pecarmos contra a nossa tradição”. Os homens do poder têm escarnecido dos mais pobres por meio de falsas promessas e pela venda de ilusões. Ao prometer um poder como serviço, revelam a intimidade dos seus corações estimulando a inveja, a divisão pela rivalidade e aumentando a cobiça ao se “venderem” como cidadãos acima de quaisquer suspeitas. O evangelista mostra os discípulos fazendo ouvidos surdos e não compreendendo o que ouviam, pois “pelo caminho tinham discutido quem era o maior”. Jesus, ao colocar no colo uma criança, quer falar da fragilidade do ser humano porque acolher o Reino de Deus, como uma criança, significa que a nova ordem social só poderá ser construída quando tivermos a coragem de enfrentar os verdadeiros fundamentos da opressão e rompermos o ciclo da violência que despreza e utiliza os menores e os mais fracos. O Evangelho nos convida a viver com Jesus a mesma entrega e confiança que uma criança tem com seus pais. Como cristãos, devemos falar de afabilidade, mansidão, compaixão nesta sociedade que vive sob o signo da competitividade, da agressividade e da prepotência, ainda que sejamos considerados ingênuos, ou pior, idiotas. Caso contrário, viveremos também a maldição de cobiçar, mas não conseguir ter; de cultivar a inveja, mas não conseguir êxito algum; de brigar e guerrear, mas não conseguir possuir. E sermos condenados, por nós mesmos, à maior das maldições: a de pedir e não receber.
(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)
CONTEMPLAR
Meninas na missa, 2003, Igreja Católica Notre Dame do Haiti, Miami, Flórida, da série Haiti/ Little Haiti, Bruce Weber (1946-), Pensilvânia, Estados Unidos.
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