sexta-feira, 14 de outubro de 2022

O Caminho da Beleza 47 - XXIX Domingo do Tempo Comum

XXIX Domingo do Tempo Comum

Ex 17, 8-13 2 Tm 3, 14-4, 2 Lc 18, 1-8


ESCUTAR

“Assim as mãos ficaram firmes até o por do sol, e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada” (Ex 17, 12-13).

“Quanto a ti permanece firme naquilo que aprendestes e aceitaste como verdade” (2 Tm 3, 14).

“Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18, 8).


MEDITAR

“Hein, jovens! Vocês, queridos jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança”.

(Papa Francisco)


ORAR

    Paulo exorta a nos convertemos em pessoas que resistem: “permanece firme naquilo que aprendeste”. E a resistência implica numa obstinação: “insiste oportuna e ou importunamente”. A resistência não é uma postura passiva de defesa, mas se expressa num dinamismo de iniciativa permanente. A Palavra é servida numa tríplice dimensão: o anúncio, a exortação e a consolação. A resistência não se refere somente ao âmbito da fé e da fidelidade à Palavra, mas abarca toda a vida do crente. O cristão está sempre alinhado à resistência contínua e não é como aquele que reage somente em situações de emergência. O cristão é o que afronta e resiste a toda e qualquer ordem social injusta que nega a liberdade e ofende a dignidade das pessoas. O cristão luta e denuncia toda forma de servidão, de desumanização e de aviltamento. O verdadeiro discípulo de Cristo opõe resistência a todos os fanatismos, intolerâncias e sectarismos. O cristão resistente renuncia aos atrativos de posições tranquilas e privilegiadas; dos apoios importantes e das carreiras facilitadas. Aceita fazer parte de uma minoria que se opõe à estupidez geral, que mantém a indignação diante de uma pseudo evangelização emocional e sentimentalista que manipula a verdade e contagia as massas. O cristão que resiste tem a lucidez de que a pedra que o sustenta é Cristo e que ela não pode ser usada para se sentar, mas para permanecer de pé. Jesus nos ensina a orar com a maior tenacidade possível por meio de pedidos concretos. A comunidade fraterna está sujeita a viver tribulações e injustiças; a experimentar tempos difíceis e de longa espera. Podemos e chegamos, muitas vezes, ao limite do desespero, mas devemos confiar que, apesar das aparências, o Senhor sempre chega antes e não deixa nada pela metade e nem pelo meio do caminho. O Senhor age por meio dos fatos e não adia a sua justiça, mas cumpre-a no aqui e agora das nossas vidas e testemunhos.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)


CONTEMPLAR

Marcha pela Paz, Washington, 1967, Marc Riboud (1923-), França. Foto tirada em frente ao Pentágono numa manifestação contra a guerra do Vietnã, em março de 1967.










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