A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
XXVII Domingo do Tempo Comum 07.10.2018
Gn 2, 18-24 Hb 2, 9-11 Mc
10, 2-16
ESCUTAR
O homem deixará seu pai e sua mãe e
se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne (Gn 2, 24).
Jesus, a quem Deus fez pouco menor do
que os anjos, nós o vemos coroado de glória e honra, por ter sofrido a morte
(Hb 2, 9).
“Foi por causa da dureza do vosso
coração que Moisés vos escreveu esse mandamento” (Mc 2, 5).
MEDITAR
O amor, inclusive o amor sexual,
compartilhado por um casal em um relacionamento os une em comunhão, e essa
comunhão compartilhada reflete a comunhão da Trindade, aproxima-os mais ainda
de Deus, fortalece seu relacionamento e transborda para todos os seus demais
relacionamentos. De uma maneira mais profunda, essa comunhão sexual sempre gera
uma nova vida, exatamente como a comunhão amorosa entre o Pai e o Filho gera o
Espírito.
(Todd A. Salzman, & Michael G.
Lawler, 1933-, Estados Unidos)
ORAR
Ao homem faltava algo para chegar à
sua plenitude, faltava-lhe a reciprocidade. A mulher não é uma “réplica” do
homem; ela vem diretamente do gesto criador de Deus. A imagem da “costela” não
exprime, de fato, inferioridade ou subordinação, mas, ao contrário, que homem e
mulher são da mesma substância, são complementares e têm também essa
reciprocidade. E o fato de que Deus plasme a mulher enquanto o homem dorme
salienta exatamente que ela não é de modo algum uma criatura do homem, mas de
Deus. Sugere também uma outra coisa: para encontrar a mulher – e podemos dizer
para encontrar o amor da mulher -, o homem primeiro deve sonhá-la e, depois, a
encontrar. O matrimônio consagrado por Deus protege o vínculo entre o homem e
mulher que Deus abençoou desde a criação do mundo, e é fonte de paz e de bem
para a inteira vida conjugal e familiar. Por exemplo, nos primeiros tempos do
Cristianismo, essa grande dignidade do vínculo entre o homem e a mulher
derrubou um abuso considerado então de todo normal, ou seja, o direito de os
maridos repudiarem as mulheres, mesmo com os motivos mais despropositados e
humilhantes. O Evangelho da família, o Evangelho que anuncia exatamente esse
Sacramento, derrubou essa cultura de repúdio habitual. A semente cristã da
igualdade radical entre os cônjuges deve atualmente trazer novos frutos. O
testemunho da dignidade social do matrimônio se tornará persuasivo exatamente
por essa via, a via do testemunho que atrai, a via da reciprocidade entre eles,
da complementaridade entre eles. A aliança de amor entre o homem e a mulher,
aliança para a vida, não se improvisa, não se faz de um dia para o outro. Não
há o matrimônio “express”: é preciso
trabalhar sobre o amor, é preciso caminhar. A aliança de amor do homem e da
mulher aprende-se e afina-se. Permito-me dizer que é uma aliança artesanal.
Fazer de duas vidas uma única vida é também quase um milagre, um milagre da
liberdade e do coração, confiado à fé.
(Papa Francisco, 1936-,
Argentina/Roma)
CONTEMPLAR
Dia da Independência, 4 de julho de 1971, Aspen, Colorado, Estados Unidos, Henri Cartier-Bresson
(1908-2004), Magnum Photos, Paris, França.
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