A palavra de Deus é viva e eficaz e mais
cortante que espada de dois gumes (Hb 4, 12).
IV Domingo da Páscoa 22.04.2018
At 4, 8-12 1 Jo 3, 1-2 Jo
10, 11-18
ESCUTAR
“Jesus é a pedra que vós, os
construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular” (At 4, 11).
Caríssimos, vede que grande presente
de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! (1 Jo
3, 1).
“Eu sou o bom pastor. Conheço as
minhas ovelhas, e elas me conhecem” (Jo 10, 14).
MEDITAR
Meu filho, se acaso chegares, como eu
cheguei a uma campina de horizontes arqueados, não te intimidem o uivo do lobo,
o bramido do tigre; enfrenta-os nas esquinas da selva, olhos nos olhos, dedo
firme no gatilho.
Meu filho, se acaso chegares a um mundo injusto e triste como este em que vivo, faze um filho; para que ele alcance um tempo mais longe e mais puro, e ajude a redimi-lo.
Meu filho, se acaso chegares a um mundo injusto e triste como este em que vivo, faze um filho; para que ele alcance um tempo mais longe e mais puro, e ajude a redimi-lo.
(Paulo Mendes Campos, 1922-1991, If)
ORAR
É
um espetáculo prazeroso o pastor cuidando de seu rebanho de ovelhas sobre as
montanhas. Ao som da flauta, ele faz sair seus animais para conduzi-los ao
pasto, e eis agora inteiramente tomados pelo encanto do instrumento e
protegidos contra os ataques das feras selvagens pelo cajado e as armas que o
pastor carrega consigo. Tal ocorre com o grande Pastor do povo cristão. Olhemos
nosso Pastor, o Cristo. Vejamos sua habilidade plena de humanidade e de
ternura, sua doçura para com suas ovelhas. Ele se rejubila com as que estão
presentes e vai procurar também aquelas que se desgarram. Montanhas e florestas
não lhe causam medo. Ele percorre as ravinas para chegar até a ovelha perdida.
Mesmo se a encontra em estado lastimoso, ele não se zanga; mas, tocado de
compaixão, ele a coloca sobre os ombros e, de seu próprio cansaço, cura a
ovelha fatigada. Ele não se preocupa com seu cansaço, porque para ter
encontrado seu bem isso valeu muito a pena. É com razão que o Cristo proclama:
“Eu sou o bom pastor, eu procuro a ovelha perdida; eu reconduzo aquela que está
desgarrada; eu trato daquela que está ferida; eu cuido daquela que está doente.
Eu vi o bando de homens cobertos pela doença. Eu vi minhas pequenas ovelhas
frequentar o albergue dos demônios. Eu vi meu rebanho despedaçado pelos lobos.
Eu vi isso e não olhei apenas do alto. Eu também tomei a mão que se dessecava,
tomada pelo mal como se fosse por um lobo. Eu desamarrei aqueles que a febre
havia atado. Eu fiz ver àqueles cujos olhos estavam fechados desde o útero de
sua mãe. Eu retirei Lázaro do túmulo onde ele jazia a quatro dias. Porque eu
sou o bom Pastor, e o bom Pastor dá sua vida por suas ovelhas”. Pilatos
conheceu esse pastor. Os Judeus conheceram esse pastor colocado na cruz pelos
seus. O coração dos profetas conheceu esse pastor, quando, bem antes da Paixão,
anunciou a atrocidade a vir: “Como uma ovelha, conduzida ao matadouro; cordeiro
mudo diante dos tosquiadores, ele não abria a boca” (Is 53, 7). Como uma
ovelha, o Pastor oferece sua garganta por suas ovelhas. Porque sua paixão era
necessária... Por sua morte, ele redime a morte. Por seu túmulo, ele esvazia os
túmulos... “O bom Pastor dá sua vida por suas ovelhas”: é assim que ele se
propôs a ganhar a afeição de suas ovelhas. Ama o Cristo aquele que sabe ouvir a
usa voz.
(Basílio de Seleucia, século V, Ásia
Menor)
CONTEMPLAR
Irmão Lobo,
s.d. [2008?], Jim Brandenburg (1945-), Minnesota, Estados Unidos.
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