A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que espada de
dois gumes (Hb 4, 12).
XXXI Domingo do Tempo Comum
Sb 11,22-12,2 2
Ts 1,11-2,2 Lc 19,
1-10
ESCUTAR
“A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é
teu, Senhor, amigo da vida” (Sb 11, 26).
“Não cessamos de rezar por vós, para que o nosso Deus
vos faça dignos da sua vocação” (2 Ts 1, 11).
“Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o
que estava perdido” (Lc 19, 1-10).
MEDITAR
Não! Permanecer e transcorrer não é perdurar, não é existir e nem honrar a vida! Há
tantas maneiras de não ser, tanta consciência sem saber, adormecida... Merecer
a vida, não é calar e consentir... Isto de durar e transcorrer não nos dá o
direito de nos gabar, porque não é o mesmo que viver e honrar a vida.
ORAR
O Senhor é
amigo da vida, aposta no melhor que existe em cada pessoa e se deixa encontrar
pelos pacientes. O amor de Deus se revela mais forte do que os pecados dos
homens e suas traições. Precisamos amar a vida e aniquilar toda a
espiritualidade de mortificações que sufocam a epifania da vida. Não devemos
amar a Deus por temer a vida, pois o “Senhor ama tudo o que existe (...) e a
todos trata com bondade” e, apesar disto, parece que a nossa vocação
irresistível é a de não perdoar nada e a ninguém. Nossa posição diante dos
outros oscila entre o desprezo e a suspeita. Somos céleres em querer apresentar
diante de Deus uma lista de pessoas, grupos e povos que para nós, católicos,
são dignos de desprezo. No entanto, Deus abandona estas indicações mesquinhas.
O mal inoculou no mundo uma espécie de veneno que contaminou a vida amada por
Deus. Jesus aposta nas pessoas e por isto se auto convida para ficar na casa de
Zaqueu. Zaqueu acaba descobrindo a pequenez que o impedia de viver: o egoísmo, a
avareza, os roubos, a opressão e a exploração dos mais fracos. Ele se despoja
para acolher o dom e o amor que
lhe são oferecidos por Aquele que instituiu com ele uma amizade marcada pela
comunhão da mesa. Zaqueu se tornara, ele mesmo, o fruto da árvore a ser colhido
por Jesus e cujo sumo é sorvido pelos dois numa fusão existencial. Os dois
tornam-se um no Amor: não há santo nem pecador. Finalmente,
a figueira cresceu e amadureceu; e na sua hora e na sua vez entregou um fruto
bom.
(Manos da Terna Solidão/ Pe. Paulo Botas, mts e Pe.
Eduardo Spiller, mts)
CONTEMPLAR
S. Título, s. d., autor desconhecido,
site: pxfuel.com