quarta-feira, 30 de julho de 2025

O Caminho da Beleza 37 - XVIII Domingo do Tempo Comum

Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).


XVIII Domingo do Tempo Comum                       

Ecl 1, 2; 2, 21-23               Cl 3, 1-5.9-11                      Lc 12, 13-21

 

ESCUTAR

“Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade” (Ecl 1, 2).

“Pois vós morrestes e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus” (Cl 3, 3).

“Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12, 15).

 

MEDITAR

Eu tenho mais apreço pelo desprendimento do que pelo amor. Em primeiro lugar, porque o melhor do amor é que ele me força a amar a Deus, enquanto o desprendimento força Deus a me amar.

(Mestre Eckhart)

Esquecer de si e passar por cima das regras habituais regidas pelo ‘respeito humano’, esse tipo de autocensura social que paralisa, para apostar tudo, para tudo arriscar, até mesmo a nossa lógica habitual, deslocada pela força de nossa fé no outro – eis o começo de outra vida, de uma cura.

(Françoise Dolto)

 

ORAR

    Que sentido tem a vida? É a pergunta que perpassa os textos deste domingo. O provisório da vida, a finitude da existência são as certezas únicas que temos. E ainda acreditamos que as posses materiais conseguem acrescentar um segundo a mais nas nossas vidas. Paulo exortava: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1 Tm 6, 10) e Tomás de Aquino dava o retoque final: “A avareza reside no coração e seus frutos são a inquietude, a violência, o perjúrio, a fraude, a corrupção e a traição”. Nada muda no decorrer do mundo e resistimos em aprender. O dinheiro é sempre a extensão das nossas crenças e atitudes e medimos a vida das pessoas pelo dinheiro que entra e pelo que sai. Para a alma do capitalista, quem não acumula bens não tem nenhum valor e nem poder e, no entanto, para o Evangelho aquele que acumulou riquezas perdeu a vida. A regra de ouro do Cristo em relação ao dinheiro é não acumular, mas repartir: “Não acumuleis riquezas na terra, onde roem a traça e o caruncho, onde os ladrões arrombam e roubam” (Mt 6, 19) e mais uma vez Tomás de Aquino completa: “O homem avarento endurece o seu coração para evitar que, movido pela compaixão, venha ajudar alguém à custa de suas posses e de seus bens”. O coração endurecido transforma a vida numa sucessão interminável de mesquinharias e sovinices e acredita que todo homem tem seu preço e que, por esta razão, o dinheiro pode comprar tudo: da consciência pessoal à vida cotidiana. Algumas pessoas sofrem porque não têm o que herdar, outras sonham com uma herança que possa resolver seus problemas, mas a vida tem nos ensinado que é justamente no acerto de contas da herança que a ganância e a ambição aparecem com suas garras devoradoras que destroem a suposta harmonia familiar. A ganância não conhece limites e condena o que deseja riquezas a utilizar todos os meios ao seu alcance para saciar a sua ambição de ser o mais rico possível. Tudo o que fazemos por ambição acaba em destruição e morte: “Não te inquietes vendo o outro se enriquecer no roubo, na maldade e na desonestidade. Nada poderá levar consigo ao morrer: nem sua glória, nem seu sucesso! Terão companhia no cemitério: mortos, defuntos sem vida onde jamais verão a luz, apenas a escuridão” (Sl 49). A cobiça empobrece o homem e o torna desumano e o converte num cego desprovido de uma única luz capaz de clarear a sua noite inevitável. Meditemos o provérbio árabe: “Não tente e nem se esforce para mostrar as estrelas a um cego: ele não as pode ver”.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

Agnus, 2022, Konstantin Korobov (1985-), óleo sobre tela, 60 cm x 60 cm, Rússia.





quarta-feira, 23 de julho de 2025

O Caminho da Beleza 36 - XVII Domingo do Tempo Comum

Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).


XVII Domingo do Tempo Comum             

Gn 18, 20-32                      Cl 2, 12-14               Lc 11, 1-13

 

ESCUTAR

“Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18, 27).

“Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos” (Cl 2, 12).

“Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede recebe; quem procura encontra; e, para quem bate, se abrirá” (Lc 11, 9-10).

 

MEDITAR

Não era o ar movido pela voz que chegava aos ouvidos do profeta, mas Deus que falava em seu íntimo.

(São Jerônimo)

A oração é o secreto absoluto. É totalmente oposta à publicidade. Quem ora já não conhece a si mesmo, mas somente a Deus a quem invoca.

(Dietrich Bonhoeffer)

 

ORAR

    Duas cenas ficam gravadas na memória: a estupenda negociação entre Abraão e Deus e o colóquio noturno entre o indivíduo inoportuno e o amigo despertado de sobressalto à meia noite. Uma oração de intercessão e a outra de petição e ambas sob o signo da insistência, da coragem, da confiança e, inclusive, do enfrentamento. Ambas são escutadas. Até então, as culpas de um ou de poucos eram pagas por toda a coletividade e agora Abraão pede com humildade, mas com decisão, para que a inocência de uma minoria seja motivo de perdão para todos os outros pecadores. Abraão descobre que no Senhor encontra-se uma justiça disposta a dar espaço ao perdão e que, em Deus, a vontade de salvar prevalece sobre a de castigar. No Evangelho, a oração é um apelo não ao juiz da terra, mas a um Deus que é Pai. Cristo autoriza a nos dirigirmos a Deus como Pai, esta palavra-chave que abre de par em par todas as portas, inclusive as mais inacessíveis e legitima as aspirações as mais impossíveis. Não se trata de colocar na balança o peso dos justos, mas a nossa condição de filhos e filhas. Podemos pedir ousadamente e, ao mesmo tempo, neste pedido, nos comprometemos. No Pai Nosso escutamos o que Deus espera de nós, ou seja, exatamente as mesmas coisas que pedimos a Ele. O Pai nos escuta, mas não nos tempos e nos modos fixados por nós. Podemos estar seguros que “o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem” e o Espírito Santo é o princípio da liberdade e da imprevisibilidade. O Pai nos escuta, certamente, mas do seu modo que é o da generosidade infinita de um pai e não do nosso modo que é sempre redutivo e restritivo. Nós cristãos, devemos preferir sempre um Deus que nos surpreenda a um Deus que nos satisfaça e nos contente, pois devemos confiar mais em suas respostas do que em nossas perguntas, mais nos seus dons do que em nossos pedidos. A oração ensinada por Jesus deve nos conduzir a um silêncio de escuta do nosso ser que vibra em sintonia com a humildade da entrega – “Seja feita a tua vontade”, e com a permanente insistência – “Mas livrai-nos do mal”.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

Reflexões da Fé, 2014, Celso II Creer (1979-), Monochrome Photography Awards 2014, Abu Dhabi, Emirados Árabes.





 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

O Caminho da Beleza 35 - XVI Domingo do Tempo Comum

Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).


XVI Domingo do Tempo Comum               

Gn 18, 1-10             Cl 1, 24-28              Lc 10, 38-42

 

ESCUTAR

“Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem sem parar junto a mim, teu servo” (Gn 18, 3).

“Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo” (Cl 1, 24).

“Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas” (Lc 10, 41).

 

 MEDITAR

Muitos homens religiosos, à força de observâncias e renúncias, se tornam duros de coração. Porque se tratam de observâncias e renúncias que apontam justamente ao coração. E em lugar de fazê-lo bondoso, o endurecem, o secam e o fazem indiferente ao que passa na vida.

(José M. Castillo)

Mesmo nos momentos mais trágicos, o cristão não tem outro direito senão o de criar alegria. Dele é exigida permanentemente a arte de transfigurar as horas mortas, as ações medíocres, a monotonia cotidiana. Seu dever é resgatar toda a sua participação na náusea do mundo.

(Emmanuel Mounier)

 

ORAR

    A hospitalidade é um dos sinais de fidelidade ao mandamento do amor sem fronteiras. Aquele-que-chega é sempre uma presença misteriosa e pode mudar, radicalmente, a nossa vida. A hospitalidade verdadeira é sempre acompanhada com frutos de fecundidade, basta escutarmos o que o hóspede tem a nos dizer. A hospitalidade cristã tem sua expressão maior no mistério eucarístico: os que recebem o pão divino descobrem que, na realidade, são recebidos pela Trindade amorosa que neles faz a sua morada. A hospitalidade rompe o anonimato e o isolamento, pois nela somos e existimos para alguém e para uma comunidade. A palavra de Jesus é dada gratuitamente desde que estejamos disponíveis para escutá-la e cumpri-la. Escutar a palavra de Jesus é acolher a mensagem de envio para o serviço ao outro. O evangelista mostra Jesus soberano na sua liberdade ao abolir a exclusão sócio-religiosa e ser recebido na casa de duas mulheres. Marta fica atribulada em hospedar o Mestre que sempre chegava sem aviso prévio e acompanhado de muita gente. Maria, no entanto, transgride duplamente: primeiro, deixa de lado o papel tradicional da mulher ao não ajudar a sua irmã na acolhida aos hóspedes; segundo, senta-se aos pés de Jesus, como os discípulos sentavam-se, nos banquetes, aos pés de seus mestres. O erro de Marta é um erro de perspectiva. O de não entender que a chegada do Cristo significa, principalmente, a grande ocasião que não se pode perder e, consequentemente, a necessidade de sacrificar o importante pelo urgente. Devemos sempre nos perguntar quem está no centro da casa: o Senhor ou Marta. Ao nos dedicarmos às coisas do Senhor, esquecemos da acolhida profunda e silenciosa da sua palavra, como fez Marta, que viu a si mesma. Mestre Eckhart escrevia: “Quanto menos alguém procurar a si mesmo no ser amado tanto mais o prazer de se unir a ele”. O afã cotidiano deste mundo pode abafar a escuta e nos fazer sucumbir nas preocupações diárias. E Jesus alerta: “A cada dia basta a sua preocupação”. A hospitalidade nos conduz às aragens do sagrado, pois “graças à hospitalidade alguns, sem o saber, acolheram anjos” (Hb 13, 2). A hospitalidade nos liberta do narcisismo, de olharmos somente para nós, pois quanto mais temos necessidade de espelhos tanto mais Deus passa a vida a quebrá-los.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

Santa Trindade (A Hospitalidade de Abraão), anônimo, ícone de meados do século XVI, escola de Novgorod, Rússia.

 





quinta-feira, 10 de julho de 2025

O Caminho da Beleza 34 - XV Domingo do Tempo Comum

Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).


XV Domingo do Tempo Comum                 

Dt 30, 10-14                       Cl 1, 15-20               Lc 10, 25-37

 

ESCUTAR

“Esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir” (Dt 30, 14).

Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz (Cl 1, 19-20).

“Vai e faze a mesma coisa” (Lc 10, 37).

 

MEDITAR

Sem Cristo não conheceríamos Deus, não poderíamos invocá-lo nem vir a ele. Sem Cristo também não conheceríamos o irmão nem poderíamos encontrá-lo. O caminho está bloqueado pelo próprio eu. Cristo desobstruiu o caminho que leva a Deus e ao irmão.

(Dietrich Bonhoeffer)

Isso é a experiência religiosa: o estupor de encontrar alguém que está nos esperando. A partir desse momento, para mim, Deus é o que está um passo à frente. Você o está buscando, mas ele o busca primeiro. Queremos encontrá-lo, mas ele nos encontra primeiro.

(Papa Francisco)

 

ORAR

     Cristo não é só o princípio da harmonia cósmica, mas Aquele que funda e legitima uma nova ordem nas relações entre os homens. Ele revela o rosto escondido e inacessível de Deus e o seu desígnio para a humanidade. Este desígnio mostra-se fechado para os que pensam alcançar a Deus passando ao largo do seu próximo. Preocupam-se com as coisas de Deus sem se dar conta de que o que interessa a Deus são as coisas dos homens. Consideram a misericórdia, o ser tomado pelas entranhas, uma debilidade. Cristo nos revela que não há outro lado do caminho senão o encontro concreto com o outro que nos leva a Deus. Não é preciso subir aos céus e nem descer às profundezas para encontrá-Lo. Basta, como o samaritano, descer da sua montaria e mergulhar na dor de um pobre homem qualquer. O sacerdote e o levita chegaram, sem obstáculos, até o final do seu caminho e faltaram ao encontro com Deus. O samaritano não deu mais do que dois passos, mas na direção certa. A quem damos amor se torna o próximo. “O amor torna-se cuidado do outro e pelo outro... Amar é dar ao outro o olhar de ternura que ele precisa” (Bento XVI, Deus Caritas Est). O Cristo oferece mais do que uma resposta filosófica e um princípio ético natural. Sua resposta é uma revelação divina do mistério de Deus: “Eu quero misericórdia e não sacrifícios” (Os 6,6). O mistério do bom samaritano é o mistério da Misericórdia. É o próprio Cristo que habita o ferido à beira do caminho; é o Cristo que passa na pessoa do samaritano e se torna o vínculo que os une. Ao se encontrarem pela compaixão, produz-se um despertar e uma epifania divinas e nelas encontramos o Homem e a Humanidade. Eis o que significa “fazer a vontade de Deus”: não é só obedecer aos mandamentos, ir aos cultos, mas nos atermos aos outros com vínculos de misericórdia. As questões colocadas pelo mestre da lei eram inúteis e Cristo não as responde. Ao invés de respondê-las, verte vinho e óleo sobre as feridas, pois Ele é a única resposta às questões vitais.

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

O repouso do cordeiro, 1958, Robert Doisneau (1912-1994), Paris, França.

 




quarta-feira, 2 de julho de 2025

O Caminho da Beleza 33 - XIV Domingo do Tempo Comum

Como se visse o Invisível, mantinha-se firme (Hb 11, 27).


XIV Domingo do Tempo Comum               

Is 66, 10-14                        Gl 6, 14-18                          Lc 10, 1-12

 

ESCUTAR

“Sereis amamentados, carregados ao colo e acariciados sobre os joelhos. Como uma mãe que acaricia o filho, assim eu vos consolarei (Is 66, 12-13).

“Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão têm valor; o que conta é a criação nova” (Gl 6, 15).

“O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir” (Lc 10, 1).

 

MEDITAR

Vocatus atque non vocatus, Deus aderit [Chamado ou não chamado, Deus estará presente].

(Frase na porta de entrada da casa de Carl Jung)

Há espaço para tudo numa única vida. Para acreditar em Deus e para um fim miserável... é uma questão de se viver a vida de minuto a minuto, acolhendo, além disso, o sofrimento.

(Etty Hillesum)

 

ORAR

Não há vocação sem missão, pois a vocação está em razão da missão: aquele que é chamado é sempre enviado. A missão diz respeito a todos e não somente a alguns especialistas: toda a comunidade eclesial é missionária e todos os batizados são responsáveis pelo anúncio da Boa Nova. Neste anúncio existe uma palavra de alegria e de paz e no outro extremo está a Cruz de Cristo. Os que sofrem recebem as consolações maternais de Deus. A participação no mistério pascal evita que o cristão ceda ao triunfalismo ou ao desânimo diante dos fracassos. A fecundidade da Palavra não se verifica nem pelo êxito nem pelo fracasso, mas por germinar e crescer no terreno árido do Calvário. Em sua primeira homilia como papa, criticando as benesses e o carreirismo na Igreja, Francisco nos adverte: “Quando caminhamos sem a Cruz, quando edificamos sem a Cruz e quando confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos Bispos, Padres, Cardeais, Papas, mas não discípulos do Senhor” (14.03.2013). A fonte da missão está na oração e não num projeto humano, pois a missão é graça e dom e nenhum apóstolo é forjado em laboratórios especializados. O vínculo pessoal com o Cristo é vital, pois sem a oração a missão se converte em profissão. O teólogo Urs von Balthasar escrevia: “Uma coisa é certa: ninguém pode se entregar ao amor de Deus por decepção de um amor humano. Não se pode, por não se amar ninguém e nem a nada, acreditar que se ama a Deus”. A missão está sob o signo da fraqueza, da mansidão e de uma entrega sem reservas e sem pretensões. A única força do cristão é uma palavra que pode ser recusada, burlada e hostilizada e se ela não estiver penetrada pelo amor de Cristo, a missão se transforma em conquista e proselitismo. A missão é marcada pela pobreza e pela gentileza: “Paz a esta casa”. O apóstolo sabe que o evangelho não passa por meio das reverências sociais, sorrisos formais e discursos de circunstâncias. É preciso sacudir o pó dos aplausos, dos entusiasmos emotivos, das adesões de conveniência para que surja a essência do Evangelho. Se a missão não assume este estilo de pobreza se transforma em empresa, propaganda e espetáculo. Nestes tempos ardilosos de sucesso e eficácia, não devemos nos preocupar com o êxito da nossa missão, pois Jesus nos preveniu que o sucesso não está incluído nela: “Sereis expulsos da sinagoga. Chegará um tempo quando quem vos matar pensará oferecer um culto a Deus” (Jo 16, 2).

(Manos da Terna Solidão/Pe. Paulo Botas, mts e Pe. Eduardo Spiller, mts)

 

CONTEMPLAR

Os frutos, Patrice Delaby, 2012, óleo sobre tela, Pas-de-Calais, patricedelaby.artblog.fr, França.