segunda-feira, 25 de março de 2013

O Caminho da Beleza 19 - Páscoa da Ressurreição


O Caminho da Beleza 19
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


Páscoa da Ressurreição                      31.03.2013
At 10, 34.37-43                 Cl 3, 1-4                   Jo 20, 1-9


ESCUTAR


“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder” (At 10, 37).


“Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres” (Cl 3, 1-2).

“De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20, 9).


MEDITAR

“Por isso, Ele denuncia a hipocrisia religiosa, o comportamento que quer aparecer, as atitudes que buscam aplauso e aprovação. O verdadeiro discípulo não serve a si mesmo ou ao ‘público’, mas ao seu Senhor, na simplicidade e na generosidade” (Bento XVI, Homilia da Quarta Feira de Cinzas, 13.02.2013).

“Não há saídas milagrosas. Não há respostas claras. Não há caminhos feitos. Não haverá nunca deste lado da morte, uma definitiva paz. Viver é arriscar-se, abrir caminhos às escuras” (D. Pedro Casaldaliga).


ORAR

Este domingo da Ressurreição é um convite para rompermos os limites dos nossos grupos, cenáculos, movimentos, para que nos misturemos às pessoas comuns, unamos nossas vozes com os anônimos e com os desafinados. É sabermos viver como um mortal comum, mas na liberdade do Ressuscitado. Hoje, basta de polêmicas e excomunhão; de intolerâncias e discriminações; de rasuras e miopias. Hoje, aconteceu algo novo e devemos disponibilizar esta novidade para todos. Deixemos, por um instante apenas, de sermos estorvos, obstáculos e impedimentos. Removamos a pesada pedra do nosso coração e deixemos o sol entrar na caverna obscura em que tramamos nossas dissimulações cotidianas. Hoje, devemos anunciar e não doutrinar; devemos testemunhar e não inventar moralismos que impedem o contágio da alegria e da luz. Hoje, devemos ser capazes de firmar um compromisso de fraternidade e de paz. Neste domingo, é preciso não trapacear com a fé, não blefar com a esperança e, muito menos, enganar e mentir sobre o amor. O Ressuscitado oferece a todos as possibilidades de uma vida verdadeira ao aniquilar as mentiras em que chafurdamos nossa existência: proclamamos religião e pensamos em dinheiro; dizemos igreja e digladiamos com unhas e dentes por carreiras bem sucedidas; anunciamos serviço e buscamos privilégios; arrotamos moralidades e somos doutores em escapatórias e evasões sutis. Hoje, é preciso resgatar o pudor perdido e deixarmos de sequestrar o coração por interesses espúrios e sem escrúpulos. Hoje, o Cristo ressuscitou nu, transfigurado em amor e luz: “Pedro viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte”. Hoje, somos chamados a nos colocar em movimento, a ser companheiros de aventura para criar novos mundos, para gerar novos homens e mulheres e não continuarmos a ser os guardiões imóveis e estéreis de túmulos vazios; de arquivos cheios de pó, de códigos bolorentos e de pilhas de papéis mofados. Não podemos buscar o Ressuscitado onde Ele não está: nas batalhas, nas guerras, nas corrupções, nos ritos sonolentos ou estridentes, nas litanias vazias e nas liturgias mumificadas. O Cristo não está entre os mortos ainda que caminhem, se ajoelhem e deem esmolas poucas do muito que lhes sobra. Neste domingo, ao menos uma vez ao ano, devemos abrir nossos ouvidos para escutar o falar da vida, da paz, do perdão mais forte do que a vingança, do amor que derrota a indiferença e da luz que coloca em crise as tramas das trevas. Hoje, o poeta é enfático: “Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração”(Drummond). Hoje, o desvario das mulheres só existe para os que desejam que o Cristo permaneça no sepulcro para legitimar a resignação de viver encerrados em seus medos. Hoje, agora e sempre, devemos gravar como um grito em nossos corpos a estupefação desafiadora: “Por que procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou”(Lc 24, 5).

CONTEMPLAR

Anastasis, Arcabas (Jean-Marie Pirot), 2003, óleo sobre tela, ouro fino 23 quilates, 1,62 m x 1,35 m, Saint-Pierre-de-Chartreuse, França.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O Caminho da Beleza 18 - Domingo de Ramos


O Caminho da Beleza 18
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


Domingo de Ramos                   24.03.2013
Is 50, 4-7                 Fl 2, 6-11                 Lc 23, 1-49


ESCUTAR

“Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas” (Is 50, 6).

“Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens” (Fl 2, 6).


“E Jesus deu um forte grito: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Dizendo isso, expirou” (Lc 23, 46).


MEDITAR

“Amanhã, quando você estiver prostrado no chão da capela, faça só uma oração ao Espírito Santo. Peça a Ele que desperte em você o anticlericalismo dos santos” (De Lubac para Abbé Pierre).

“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato do casamento importa mais que o amor, o funeral mais do que o morto, a roupa mais do que o corpo e a missa mais do que Deus” (Eduardo Galeano).


ORAR

As leituras deste domingo que antecedem o relato da paixão aniquilam todo tom triunfalista da entrada de Jesus em Jerusalém. Elas nos falam de humilhação, de rebaixamento e de despojamento. O Servo de Deus não é apresentado como um mestre da sabedoria, mas Aquele que mantém a sua fidelidade à Palavra que escuta e transmite para os outros. Por esta fidelidade é perseguido, insultado, ultrajado e assassinado. O Senhor forja o seu profeta dando-lhe uma língua afiada e abrindo o seu ouvido. O profeta, essencialmente, é um homem da escuta e o que, no meio dos sofrimentos mais atrozes, experimenta a ajuda do Senhor que se revela mais forte do que a dor. É esta experiência da dor que o capacita a levar uma palavra de consolo aos seus irmãos e irmãs. Neste domingo de Ramos, comungar o Corpo de Cristo significa comungar um corpo traído, ferido, escarnecido e torturado. Comungar este Corpo significa aceitar e receber tudo o que este Ele padeceu, mas também comungar um Corpo ressuscitado que nos manifesta que o amor consegue a vitória sobre a traição, a violência e as humilhações. Para uma verdadeira comunidade cristã significará sempre assimilar a Sua força de amor e a Sua capacidade de perdão. Neste domingo de Ramos, é-nos revelado que Jesus se dá e Judas trai; no entanto, o mais vital é que o dom chega antes da traição. Aquele que trai está sempre atrasado, pois o dom o antecedeu. Trair e entregar são sinônimos: “Satanás entrou em Judas, apelidado Iscariotes, um dos doze. Ele foi combinar com os sumos sacerdotes e os guardas um modo de entregá-lo. Eles se alegraram e se comprometeram a dar-lhe dinheiro. Ele aceitou e andava procurando uma ocasião para entregá-lo, longe da multidão” (Lc 22, 3- 6). A perversidade dos homens jamais conseguirá ter a primazia sobre a misericórdia de Deus. Judas chegou, sem atraso, uma única vez: quando foi se enforcar. O seu fim foi provocado pela sua pressa. Os cristãos devem ter a lucidez de que a comunhão do Corpo e Sangue de Cristo torna a fuga impossível, pois cria um vínculo de compromisso de se fazer presente em qualquer lugar onde alguém sofre. Não temos o direito de usurpar este Corpo e Sangue ao comungarmos para cumprir meros preceitos e em seguida ficarmos ausentes desta Presença. Condenamo-nos, como Judas, se apenas sentarmos à mesa e comungarmos, pretensiosamente, uma ausência ao recusarmos a dinâmica do amor que nos conduz ao enfrentamento da obscuridade. A Eucaristia além de estar com Ele é deixar-se conduzir por Ele; não é ter, mas dar-se. A presença real nunca será relaxante e tranquilizadora, mas uma presença que nos leva a perder a nossa vida e a comungar com o sofrimento do mundo.


CONTEMPLAR

Entrada em Jerusalém, Ermone Zabel Martaian, 2002, ícone, óleo sobre vidro, Budapeste, Hungria.

segunda-feira, 11 de março de 2013

O Caminho da Beleza 17 - V Domingo da Quaresma


O Caminho da Beleza 17
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).


V Domingo da Quaresma                   17.03.2013
Is 43, 16-21             Fl 3, 8-14                 Jo 8, 1-11


ESCUTAR

“Eis que farei coisas novas e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis?” (Is 43, 19).

“Uma coisa, porém, eu faço: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente” (Fl 3, 13).

“Então Jesus lhe disse: Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante, não peques mais” (Jo 8,11).


MEDITAR

“Como Cristo morreu por todos (Rm 8, 32) todos são chamados a participar da mesma vida divina” (Gaudium et Spes 22/1389).

“Digo não a um estilo de vida marcado pelas “manias”, pelas “disputas”, pelas “astúcias” em detrimento do zelo evangélico e da qualidade de vida da comunidade” (Abbé Pierre, 1939).


ORAR

As leituras de hoje têm um tema em comum: Deus como produtor da novidade. O Senhor é aquele que sempre faz uma coisa nova. E a novidade nunca pode ser separada do risco. Não se dão explicações velhas para os novos desafios: “Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos” e nem existe uma única e segura resposta que seja válida para todos os casos. Para cada desafio existem várias respostas e elas sempre deverão ser dadas por plenitude e nunca por carência. A resposta dada apressadamente e por carência se converterá em fracasso, aumentará a desilusão e a angústia e poderá se transformar num caminho sem volta. O Senhor mostra que o caminho se descobre caminhando; sua revelação só chega quando nos colocamos em movimento nele e não antes. Paulo reafirma esta dinâmica: “esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente” e a novidade é sustentada pela esperança e não por uma entorpecida e restrita acomodação. É inútil parar para termos a certeza de que estávamos caminhando assim como é inútil afirmar certezas para garantir que acreditamos. O Senhor nos faz saber que a fé não se possui, mas que somos possuídos e alcançados por Alguém. O evangelho revela esta novidade por meio da contraposição entre as exigências implacáveis da Lei e a estratégia de misericórdia traçada por Jesus. Os acusadores negam à mulher a possibilidade de um novo começar e querem, com pedras, não só sepultar o passado desta pecadora, mas ela própria. Cristo, com seu perdão, liquida definitivamente o passado e entrega à mulher um futuro imaculado a ser construído por ela mesma. O castigo dos algozes se tornou estéril, pois a não condenação pelo Cristo reinventa a vida. As frias exigências se gravam sobre a pedra, mas a misericórdia não está escrita sobre nenhuma matéria dura. A nova lei – a do amor – se traça no terreno maleável do coração, sobre a tenra e terna carne da terra. Resta apenas matar a nossa curiosidade de saber o que escrevia Jesus, com o dedo, no chão do Templo. Jesus escrevia a condenação aos escribas e fariseus e continua até hoje escrevendo em silêncio aos moralistas de plantão que se evadem e se esquivam da barbárie do mundo degenerado que construíram: “As meretrizes vos precedem no Reino do meu Pai (Mt 21, 31).

CONTEMPLAR

A mulher apanhada em adultério, William Blake, c. 1805, pena e aquarela em grafite sobre papel, 35,6 x 36,8 cm, Museum of Fine Arts, Boston, Estados Unidos.

sexta-feira, 8 de março de 2013

O Caminho da Beleza 16 - IV Domingo da Quaresma


O Caminho da Beleza 16
Leituras para a travessia da vida

A beleza é a grande necessidade do homem; é a raiz da qual brota o tronco de nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convite à liberdade e arranca do egoísmo” (Bento XVI, Barcelona, 2010).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).

Domingo da Quaresma                  10.03.2013
Js 5, 9a.10-12                    2 Cor 5, 17-21                    Lc 5, 1-3.11-32


ESCUTAR

“No dia seguinte à Páscoa, comeram dos produtos da terra, pães sem fermento e grãos tostados nesse mesmo dia. O maná cessou de cair no dia seguinte, quando comeram dos produtos da terra” (Js 5, 11-12).

“Irmãos, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo” (2 Cor 5, 17).

“Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15, 32).


MEDITAR

“Onde dizes lei, eu digo Deus; onde dizes paz, justiça e amor, eu digo Deus! Onde dizes Deus, eu digo liberdade, justiça e amor” (D. Pedro Casaldáliga).

“O Cristo encarnado e humilhado pela morte mais infame, a morte de Cruz, é proposto aos cristãos como modelo de vida. Com efeito, estes devem ter ‘os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus’ (Fl 2, 5): sentimentos de humildade e de doação, de desapego e de generosidade” (Bento XVI).


ORAR

A conversão não é um fenômeno excepcional, clamoroso, mas um dever fundamental e habitual para o cristão que deve vivê-la no cotidiano. Converter-se é ter a lucidez de que a lógica de Deus é diferente da nossa; que nossos sentimentos não vibram no mesmo acorde que os Seus e nem os nossos passos estão sincronizados com os passos do Senhor. A conversão não é um pequeno ajuste, nem um retoque de fachada, nem uma minúscula mudança que não perturba demasiado, mas uma transformação radical. A conversão é uma recusa do passado cujas misérias ficam apagadas por Deus e uma abertura ao futuro sob a insígnia da novidade e da liberdade. A parábola do pai pródigo revela a conversão como a possibilidade de perder-se e uma simpatia com os capazes de movimento e risco. Estes sempre entrarão em confronto com o orgulho paralisante dos que não tomam nenhuma iniciativa; dos que tudo esperam e exigem porque estão agrilhoados em seus pretensos direitos; dos que se consideram irrepreensíveis e por esta razão são, constitutivamente, incapazes de se converter e de realizar o menor gesto e esforço para isto. Na parábola, o irmão mais jovem é “abusado” e o mais velho um insuportável “possuidor de direitos”; nunca cometeu faltas graves, mas vive sem amor e sua farisaica justiça o amargou. É aquele que necessita de segurança e jamais trocará o certo pelo duvidoso, permanecerá imóvel até o fim da sua vida e morrerá como um triste burocrata das suas próprias “virtudes”. É aquele que sempre se afirma pela negação do outro na espera de um necrológio derradeiro que possa lhe prestar, finalmente, a “justa homenagem”. A linguagem do irmão mais velho e do pai não é a mesma. O primeiro fala de novilhos, cabras, bois, do “justo” e do “injusto”. Repete a retórica da lei, do castigo e da intransigência. O pai fala d0 filho encontrado, ressuscitado, que voltou a viver. Fala a língua do amor, do perdão, da ternura e da gratuidade. O pai ofereceu a festa ao filho que voltara, só não pôde oferecer a acolhida do irmão mais velho, pois o coração dele não estava dilatado de perdão e de bondade. Nós devemos sempre colocar à disposição de todos um coração em festa para que a nossa casa se torne, de verdade, acolhedora. Para que os que amamos não tenham medo de arriscar a liberdade de viver, de trocar o certo pelo duvidoso, pois sabem que sempre haverá dois braços que os apertarão contra o peito, numa fusão de corações, e lábios que dirão palavras de amor e os cobrirão com beijos de ternura. Está escrito que “haverá no céu mais festa por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se” (Lc 15, 7). Compreendamos, de uma vez por todas, que o Senhor ama com maior compaixão a ovelha esgarrada que retorna aos seus braços porque é ela que acaba encontrando um novo caminho para todo o rebanho.

CONTEMPLAR

O Pai que perdoa, Frank Wesley, 1998, pintura em bloco de madeira impressa em papel de seda, Índia.