segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Caminho da Beleza 24 - VI Domingo da Páscoa

O Caminho da Beleza 24
Leituras para a travessia da vida


“O conceito de sabedoria é aquele que reúne harmonicamente diversos aspectos: conhecimento, amor, contemplação do belo e, também, ao mesmo tempo, uma ‘comunhão com a verdade’ e uma ‘verdade que cria comunhão’, ‘uma beleza que atrai e apaixona’” (Francisco).

Quando recebia tuas palavras, eu as devorava; tua palavra era o meu prazer e minha íntima alegria” (Jr 15, 16).

“Não deixe cair a profecia” (D. Hélder Câmara, 1999, dias antes de sua passagem).



VI Domingo da Páscoa             10.05.2015
At 10, 25-26.34-35.44-48                     1 Jo 4, 7-10             Jo 15, 9-17


ESCUTAR

“Levanta-te. Eu também sou apenas um homem” (At 10, 26).

Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus (1 Jo 4, 7).

“Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos” (Jo 15, 13).


MEDITAR

Confesso que acho natural entregar-me por inteiro ao afeto de meus amigos, especialmente quando estou cansado dos escândalos do mundo. Neles me repouso sem preocupação alguma. Pois sinto que Deus está lá, que é n'Ele que me lanço com toda a segurança e em toda segurança me repouso... Quando sinto que um homem, abrasado de amor cristão, tornou-se meu amigo fiel, o que lhe confio de meus projetos e de meus pensamentos não é a um homem que confio, mas Àquele em quem ele permanece e pelo qual é o que é (Santo Agostinho).

Obrigado, irmão, pelo sol que me deste, na aparência roubando-o (Carlos Drummond de Andrade).


ORAR

O Senhor sempre chega primeiro e nos elege no amor. O Senhor nos precede no amor e, na sua irreverência, nos faz sempre chegar atrasados aos encontros marcados com Ele. Sempre estamos defasados em relação às iniciativas divinas. O Senhor está sempre adiante de nós e fora do raio dos nossos controles. São os nossos preconceitos e imobilismos que impedem de seguirmos as trajetórias do Espírito. Nossas parcas aberturas são janelas minúsculas para que, sem perigo de vertigem, possamos entrever o campo infinito em que o amor de Deus age e nos conduz. O amor de Cristo é gratuito, criativo e vai até o dom total da vida. É um amor universal e não podemos restringir as dimensões do dom que se oferece a todos. No amor do Cristo não existe nenhuma mentalidade elitista, nenhuma postura sectária. O evangelho exige que tomemos a iniciativa de sentar à mesa dos diferentes de nós para que aprendamos as suas maneiras de amar, louvar e servir ao Senhor. Pedro afirma ser apenas um homem como Cornélio e recusa uma posição clerical de privilégio: conta apenas com a Palavra que lhe foi confiada. Não podemos substituir Deus e, muito menos, temos o direito de, em seu Nome, dominar as consciências e pisotear a liberdade dos nossos irmãos e irmãs. Não somos déspotas, mas servos de todos e como todos necessitados do amor compassivo de Deus.


CONTEMPLAR


Cristo com são João, c. 1290, Mestre Henri de Constance, Convento de Sankt Katharinental, escultura em madeira, 171 x 73 x 48 cm, Museu Meyer van den Bergh, Antuérpia, Bélgica.




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